Quando O Poço estreou na Netflix, quase ninguém esperava que aquele filme sombrio, estranho e cheio de metáforas se tornaria um dos maiores fenômenos da plataforma. No entanto, foi exatamente isso que aconteceu. Com um cenário minimalista, personagens misteriosos e um clima de tensão crescente, o longa espanhol conquistou o público e ainda gerou debates acalorados.
Se você ainda não assistiu ou se quer entender por que todo mundo ficou obcecado por essa história, chegou a hora. A seguir, vamos contar onde assistir, quem está no elenco, quais são as curiosidades mais interessantes e tudo o que você precisa saber sobre O Poço 1.
Onde assistir O Poço?
A boa notícia é que O Poço está disponível na Netflix, ou seja, basta acessar a plataforma e dar o play. O filme continua no catálogo desde a sua estreia e, portanto, está sempre pronto para ser descoberto por novos espectadores ou revisitado pelos fãs mais curiosos.
Além disso, vale muito a pena reassistir. Isso porque o filme é repleto de simbolismos, e muitos detalhes só são percebidos com um olhar mais atento.
Qual é a história de O Poço?
Basicamente, o filme se passa em uma prisão vertical chamada “O Poço”. Nela, os presos são distribuídos por andares. No centro do poço, uma plataforma com comida desce todos os dias. Ela começa cheia no topo, mas vai sendo esvaziada à medida que desce. Como resultado, quem está nos andares inferiores precisa se contentar com restos — ou com o completo vazio.
Acompanhamos Goreng, interpretado por Iván Massagué, que acorda em um dos níveis sem saber exatamente como foi parar ali. Ao longo da trama, ele interage com diferentes colegas de cela e tenta entender as regras daquele sistema insano. Ao mesmo tempo, reflete sobre sua própria condição e busca alternativas.
A princípio, parece um experimento social. No entanto, o filme vai muito além, colocando o espectador para pensar em desigualdade, egoísmo, solidariedade e até mesmo sacrifício. Tudo isso em um ambiente opressor e imprevisível.
Elenco principal
Apesar de o filme ter um cenário limitado, o elenco é bastante expressivo e entrega atuações fortes. Veja quem são os principais nomes:
- Iván Massagué como Goreng, o voluntário que tenta compreender o funcionamento do poço
- Zorion Eguileor como Trimagasi, o idoso inquietante e cheio de justificativas esquisitas
- Antonia San Juan como Imoguiri, a ex-administradora que tenta trazer um pouco de ordem
- Emilio Buale como Baharat, o personagem que quer realmente mudar o sistema
- Alexandra Masangkay como Miharu, a mulher que viaja entre os andares em busca de algo ou alguém
Juntos, eles conduzem o espectador por uma montanha-russa de emoções, muitas vezes desconfortáveis, mas sempre intrigantes.
Quando o filme foi lançado?
O longa foi exibido pela primeira vez no Festival Internacional de Cinema de Toronto, em setembro de 2019. Porém, foi apenas em 20 de março de 2020 que ele chegou à Netflix, e aí sim o mundo inteiro ficou sabendo da existência desse título poderoso.
Por coincidência — ou não — o lançamento aconteceu justamente no início da pandemia. Dessa forma, com boa parte das pessoas em casa e buscando novos filmes, O Poço rapidamente se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais.
O impacto do filme O Poço 1
Logo após a estreia, O Poço alcançou o Top 10 da Netflix em diversos países, inclusive no Brasil. Além disso, o longa gerou centenas de análises, memes, vídeos no YouTube e discussões nos fóruns. Todos queriam entender o que o filme realmente queria dizer.
Não apenas o público se envolveu, mas também os críticos ficaram intrigados. O longa foi comparado a obras como Parasita, Jogos Vorazes e Cube, principalmente por tratar de desigualdade social e moral humana. No entanto, O Poço faz isso de maneira única, com uma proposta mais bruta e simbólica.
Curiosidades sobre O Poço 1
Para quem gosta de bastidores e detalhes curiosos, separamos algumas informações bem interessantes:
- O título original do filme é “El Hoyo”, que significa literalmente “O Buraco” em espanhol
- O diretor Galder Gaztelu-Urrutia estreou no cinema com esse longa. Antes disso, ele dirigia apenas comerciais
- A plataforma de comida usada no filme era real, com mecanismos que ajudaram a criar o clima claustrofóbico
- A comida mostrada foi desenvolvida por chefs especializados em alta gastronomia, o que gera um contraste visual fascinante
- O filme venceu o prêmio de Melhor Filme no Festival de Sitges, além de diversos outros prêmios no circuito de cinema fantástico
Esses detalhes tornam a experiência ainda mais rica e explicam por que o impacto do filme foi tão grande.
Qual é o gênero de O Poço 1?
A princípio, O Poço é classificado como um suspense. Entretanto, ele também caminha pelo terror psicológico, pelo drama distópico e até pela ficção científica. Tudo isso forma uma mistura densa e provocadora.
A ambientação, por exemplo, é simples, mas eficaz. A cada mudança de nível, sentimos a tensão aumentar. É impossível assistir sem se questionar: “O que eu faria nesse lugar?”
O final: o que significa?
Chegar ao final do filme é uma experiência. No entanto, entender o que ele quer dizer é outra história. O desfecho é simbólico e pode ser interpretado de várias maneiras.
Para alguns, representa um ato de esperança. Para outros, é uma crítica ao sistema como um todo. Por fim, tem quem veja tudo como uma fábula moderna. Em qualquer caso, o final deixa mais perguntas do que respostas — e isso é ótimo.
Existe O Poço 2?
Sim, O Poço 2 já foi lançado. Inclusive, ele também está disponível na Netflix. Porém, muitos espectadores consideram que o primeiro filme continua sendo mais impactante. O original tem uma proposta mais redonda, com roteiro mais afiado e impacto visual mais marcante.
Se você quiser continuar a história, vá em frente. Mas se preferir ficar apenas com o impacto do primeiro, ninguém vai te julgar.
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Considerações finais de O Poço 1
O Poço é um daqueles filmes que ficam na sua cabeça por dias. Ao mesmo tempo em que é perturbador, também é fascinante. Com atuações intensas, um roteiro provocador e uma atmosfera sufocante, ele consegue levantar debates profundos sobre a humanidade e a sociedade.
Não é uma experiência fácil, mas com certeza é uma experiência necessária. Se você ainda não viu, prepare-se. E se já viu, talvez seja hora de rever com outro olhar.
